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Forte e débil



Forte e débil
Abril é vulnerável.
Foge de qualquer condição além da essência.
Não tem gênero, nome ou definição conhecida.
Anátema pela insubmissão ás formas, ás tradições.
Conspícua pelos feitos.
Abril é uma forma que se insinua na penumbra,
uma idéia.
Leva implícita a utopia, a palavra justa,
o alento.
Abril é uma presença tácita.  

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Insone abril

Pego no último copo percebendo como o vinho abala no interior. Movo a mão descrevendo um círculo antes de pressionar com o vidro os lábios. Aguardo. Falas-me. Não te escuto. Finjo que sim para que continues a te mover de forma natural. Passeias as cuecas mais velhas e moves o cu enquanto sorris para mim, que imito o gesto sem compreender. É abril quem se insinua ao passar-me a mão pelo ombro.   Quem intercambia um desejo com a mirada. Quem me leva. É abril quem murmura.   Forte e fraco. Abril. A forma das mãos nas superfícies. Sonâmbulo abril. A resposta a qualquer questão. Pergunta e resposta no mesmo abril. As falanges sobre o corpo. As palavras. Abril.