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Em silencio



Procuro em silencio, como quando a cidade cala.
A sombra dos pés ao meio dia. A pesada carga do asfalto. Mais uma vez os passos.
―Não acredito nas barreiras! ―Os muros, os prédios ecoam.
Lá, do outro lado, uma silhueta que acompanha as horas.
O mundo é apenas uma massa sem resposta.

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Insone abril

Pego no último copo percebendo como o vinho abala no interior. Movo a mão descrevendo um círculo antes de pressionar com o vidro os lábios. Aguardo. Falas-me. Não te escuto. Finjo que sim para que continues a te mover de forma natural. Passeias as cuecas mais velhas e moves o cu enquanto sorris para mim, que imito o gesto sem compreender. É abril quem se insinua ao passar-me a mão pelo ombro.   Quem intercambia um desejo com a mirada. Quem me leva. É abril quem murmura.   Forte e fraco. Abril. A forma das mãos nas superfícies. Sonâmbulo abril. A resposta a qualquer questão. Pergunta e resposta no mesmo abril. As falanges sobre o corpo. As palavras. Abril.